O mundo atualmente enfrenta uma crise que se mostra cada dia mais urgente e recorrente ao redor do globo: as mudanças climáticas. A recente tragédia com as tempestades no Rio Grande do Sul, o discurso de Lula na ONU e a atual onda de calor no país fomentaram discussões nas principais mídias sociais, que embora tenham mostrado um aumento de engajamento, apontou também para um número crescente de teorias da conspiração e desinformação, aponta o estudo da Escola de Comunicação, Mídia e Informação (ECMI) da FGV.
O Whatsapp e o Telegram, segundo a pesquisadora da FGV ECMI, Laura Pereira, são os ambientes onde essas teorias da conspiração se espalham mais.“O interessante em relação ao debate é que não há como negar a existência dos eventos climáticos. Eles impressionam, viram notícias. Mas aí tem um segundo nível de compartilhamento bastante politizado em relação a quem atribuir responsabilidade. Nas causas, aparece o negacionismo climático. Não é a negação do evento em si, mas surgem teorias conspiratórias, como a tese de que as mudanças climáticas são manipuladas por ações globalistas”, explicou em entrevista ao jornal O GLOBO.
No debate digital, a temática de mudanças climáticas ganhou grande espaço nas redes, somando mais de 1.1 milhão de menções durante o período de 1º de janeiro a 19 de setembro de 2023, de acordo com o levantamento. A discussão geral nas redes se pautou principalmente em teorias da conspiração e postagens de desinformação por parte dos internautas. Entre os picos de discussão, os eixos de audiência se dividiram entre dois temas: o de eventos ambientais extremos, como a da tragédia ambiental no Rio Grande do Sul e a atual onda de calor no país, e o político, relacionado ao discurso de Lula na ONU e a responsabilização de governantes diante das atuais crises ambientais.
Confira o levantamento completo aqui.