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16/10/2023

Debate sobre Hamas e Israel mobiliza engajamento nas redes com destaque da direita

O tema foi o de maior destaque de discussões e debates pelo mundo, e se marcou por uma forte presença de personagens da direita no Brasil

Desde o dia 07 de outubro, o mundo voltou seus olhares para o conflito que se fomentou após o ataque promovido pelo grupo islâmico Hamas em Israel, bombardeando e invadindo cidades israelenses próximas de Gazapor.  O incidente deu início a um conflito bélico entre Israel e Hamas que se estende por mais de uma semana e contabiliza milhares de vítimas. O confronto mobilizou boa parte das redes sociais de todo o mundo em um debate político e social na internet, que no Brasil se marcou por um forte destaque da direita. É o que aponta o estudo levantado pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação (ECMI) da FGV. 

 

O protagonismo da direita foi notório tanto em número de posts quanto em engajamento médio nas plataformas: enquanto parlamentares da oposição publicaram 156 vezes sobre o conflito, a base governista fez apenas 23 posts. Em relação ao engajamento, a direita obteve um desempenho mais de 870% superior ao de parlamentares governistas.

faixa de Gaza

Nas redes, o debate de parlamentares de direita foi marcado por provocações, ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e associação de seu nome ao grupo Hamas. Já os principais parlamentares da esquerda fizeram posts pedindo por um cessar-fogo e de solidariedade com as vítimas do ataque, além de críticas à retaliação israelense aos ataques do Hamas, alegando que a brutalidade contra a população de Gaza seria “ainda mais abrangente”. 

 

De acordo com o professor da FGV ECMI, Victor Rabello Piaia, em entrevista para o jornal Estado de São Paulo, o conflito em Israel foi o principal tema de debate entre os parlamentares após os ataques. Para ele, o tema Israel e Palestina, que já era caro à base bolsonarista, fez com que a direita recuperasse tração nas redes. 

 

“Essa predominância da direita vem muito forte em uma onda de solidariedade a Israel. Isso remete a uma construção que já é característica dessa direita bolsonarista, que é a ligação com Israel. Bolsonaro alimenta essa construção. É algo que já vem sendo construído há muito tempo. Não surgiu do nada”, explica. 

 

Confira o levantamento completo aqui.

 

 

As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19/2018.

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